Investir em segurança e estabelecer restrições são imprescindíveis para a boa convivência entre os condôminos
Hoje em dia, é muito difícil encontrar um condomínio que não tenha a presença de crianças e adolescentes. Seja como moradores ou visitantes, em algum momento uma criança vai circular pelas dependências do condomínio e prestar atenção a alguns cuidados é imprescindível para evitar acidentes e garantir uma boa convivência entre vizinhos.
Muitos pais e responsáveis procuram por grandes condomínios, com várias opções de lazer e entretenimento para criar seus filhos, afastando-os das ruas e dos perigos dos centros urbanos. Afinal, quem não quer um lugar seguro para as crianças brincarem com liberdade? Porém, é preciso estar atento se essas áreas também são seguras.
Veja algumas dicas em relação à segurança dos pequenos:
Limite de idade e placas informativas
“Proibida a permanência de crianças desacompanhadas nestas áreas”. Essa informação é muito importante em todos os condomínios, independentemente do número de crianças que habitem nele. Em geral, não é recomendável que crianças com menos de 10 anos circulem sozinhas, exceto no playground, local que normalmente restringe a permanência de crianças com menos de 5 anos desacompanhadas de adultos.
A proibição e/ou autorização para a permanência das crianças nas áreas comuns dos condomínios devem estar expressas no regimento interno, bem como em cada um dos espaços citados. Lembrando que são consideradas crianças as pessoas de até doze anos incompletos e adolescentes entre doze e dezoito anos de idade, de acordo com o art. 2º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei 8.069/90).
Além da restrição de idade, estabeleça os horários de utilização. Este limite foi ultrapassado? Apague as luzes e só retome no dia seguinte. Salienta-se que empregados do condomínio não estão autorizados (e nem devem) tomar conta ou se responsabilizar pelas crianças, nem que seja por apenas alguns minutos.
Tanto no playground quanto em outras áreas de lazer do condomínio, é importante que essas restrições sejam monitoradas com rigor. Afinal, é muito perigosa a circulação de crianças sozinhas. Já pensou se alguém se machuca gravemente ou cai na piscina sem ninguém por perto?
Playground
O espaço destinado a elas deve ter vistoria e manutenção constante, principalmente em brinquedos móveis, como balança, gangorra, gira-gira. Certifique-se de que estão todos funcionando perfeitamente e veja também se eles estão de acordo com as normas da ABNT — Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Telas e fiações
As áreas de lazer ficam no topo do condomínio ou em qualquer outro andar não térreo? Coloque tela em todas as janelas, principalmente nas das áreas destinadas às crianças. E, independentemente do andar, atente-se para a segurança. Veja se as fiações ou a caixa d’água estão cobertas e escondidas, deixe máquinas e outros equipamentos perigosos fora do alcance.
Elevadores, escadas e garagens
Quem aqui nunca viu grupos de crianças brincando em elevadores ou na garagem? Esses lugares devem ser proibidos para pequenos desacompanhados. Nos elevadores, elas podem se machucar com o fechamento da porta e, se acontecer algo com elas dentro, o pedido de socorro pode ser mais demorado e complicado. Sem contar que crianças e botões de elevadores não combinam!
O mesmo vale para escadarias. Subir e descer correndo ou fazer competições de quem pula mais longe? Nem pensar! Já na garagem, correm o risco de atropelamento ou de sair pelo portão junto de um veículo sem ninguém perceber. Já imaginou?
Entra e sai
Por falar em garagem, contar com uma portaria ou alguém que controle a entrada e saída dos pedestres e carros é importante para garantir a segurança de todos.
Bom, abordamos um pouco sobre a segurança das crianças, agora vamos falar sobre a principal queixa relacionada a crianças em condomínios:
Barulho
Em outro post, comentamos sobre a Lei do Silêncio, e as restrições de barulho em determinados horários. Esse período é estabelecido por cada condomínio, aprovado em assembleia e fixado no regimento interno.
Mas os ruídos demasiados não valem somente para os adultos. É da natureza das crianças falarem alto e fazerem barulho sem perceber, de forma natural. Por isso, evitar que crianças brinquem, corram e gritem nos corredores e áreas comuns após o horário do silêncio impede que problemas sérios entre vizinhos aconteçam.
Quando a algazarra acontece durante o dia e com frequência, conversar com o
s responsáveis ou, em alguns casos, diretamente com as crianças, pode ser uma solução para que o barulho diminua. Claro que o bom senso vale para os dois lados.
Dica
Já pensou em fazer em seu condomínio um minicondomínio? Eleja um mini síndico! Uma criança que ajude a manter a ordem e a conversar com as demais. É possível fazer eleição, ver candidatos e estabelecer mandatos. Assim, as crianças ganham responsabilidades e ajudam a cuidar do condomínio, brincando.
Tem algum problema em seu condomínio com relação às crianças? Conte para a gente!
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07/03/2019 | Categorias: Vida de Síndico Vida em Condomínio