Artigos

Bicicletário no condomínio: como implementá-lo e mantê-lo funcional

Uso do modal está em crescimento na maior parte das cidades brasileiras; saiba como implementar um bicicletário em condomínios de forma eficiente

O Brasil é um país com muitas bicicletas: de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), atualmente existem mais bicicletas do que carros nas casas brasileiras, cerca de 50 milhões contra 41 milhões. Com isso, a presença de bicicletário no condomínio deixou de ser um luxo para se tornar uma necessidade.

Estudos apontam que a busca por bicicletários em condomínios residenciais cresceu 300% entre 2020 e 2021. Parte desse resultado se deve ao uso do modal como meio de transporte ao longo da pandemia. Só no primeiro semestre de 2021, a venda de bikes subiu 34% em comparação a 2020, que já tinha registrado aumento de negócios e até falta de estoque em algumas lojas. Os dados são da Associação Brasileira do Setor de Bicicletas.

Antes de implementar um bicicletário no condomínio, tenha a ciência do que é realmente importante para que se torne uma facilidade e não uma dificuldade.

Como funciona o bicicletário no condomínio?

Antes de mais nada, veja se seu condomínio dispõe de um local propício para um bicicletário. A área pode variar de acordo com o tamanho do condomínio, o número de moradores e o volume de interessados. Um dos aspectos a ser analisado é se seria mais funcional investir em um modelo único, por blocos ou grupo de unidades.

A ideia principal é que o espaço armazene as bicicletas de todos os condôminos, evitando-se o uso das vagas de garagem, apartamentos ou áreas comuns. Por isso, após considerar o local, avalie os modelos de bicicletário mais eficientes, que cumpram com sua função, otimizando espaço, reunindo acessibilidade, segurança e facilidade.

Regras e regimento interno

Para colocar um bicicletário no condomínio é preciso ter a autorização da assembleia, mediante votação, caso o espaço destinado a isso já não venha planejado pela construtora. A aprovação em assembleia também possibilita contabilizar o número de interessados, o que vai indicar quais os modelos e os espaços mais propícios. Esteja atento ao quórum necessário para aprovação dessa implantação, se houver alteração de área comum, há necessidade de aprovação de 2/3 dos condôminos.

Verifique se existe alguma legislação específica sobre o assunto no seu município e também cheque se existe algo relacionado ao tema no regimento interno do condomínio. Estabeleça as regras e leve para aprovação em assembleia. É necessário que cada condômino esteja ciente das regras e das punições, que devem ser registradas no regimento.

Em relação à atualização do regimento sobre o assunto, especifique se o condômino pode usar a vaga de garagem para armazenar sua bicicleta; como deve ser realizado o transporte do modal, por onde entrar e sair; se pode usar o elevador ou não; se será liberado o acesso a visitantes, entre outros pontos que possam gerar questionamentos e dúvidas entre os usuários.

É importante que o local seja fechado e, de preferência, monitorado por câmeras, para evitar furtos e incidentes. Estabeleça também o acesso, se por senha, tag ou chave e quem ficará responsável pelas entradas e saídas. No entanto, a segurança não deve atrapalhar a facilidade de retirada e guarda das bicicletas.

Modelos de bicicletários

Existem, no mercado, diversos modelos de bicicletários e a definição sobre o melhor deve ser tomada em assembleia, após orçamento e verificação de qual se adapta mais ao estilo e ao número de condôminos.

– Bicicletário suspenso

Um dos modelos que mais otimiza o espaço, já que as bikes ficam suspensas por gancho.

– Bicicletário de parede

É um outro estilo de bicicletário suspenso, mas preso em ganchos fixos na parede.

– Bicicletário de chão

Modelo que ocupa mais espaço, mas é mais fácil para guardar e retirar a bicicleta já que não precisa suspendê-la.

– Bicicletário em U invertido, espiral ou de roda

O que difere os três é o desenho da base que vai ser presa à bicicleta. Necessita de um espaço maior, pois a estrutura precisa ser fixada no chão.

Note que os modelos suspensos podem não ser favoráveis a pessoas de baixa estatura, crianças e idosos. Observe também alguns pontos, como a distância mínima entre os suportes e as extensões e alturas necessárias para tomar a decisão. É imprescindível que todos os condôminos tenham acesso e mobilidade dentro do bicicletário.

Cadastro e manutenção

Modelo de bicicletário e local escolhidos, hora de cadastrar todos os condôminos que irão utilizar o local. O cadastro deve ser feito para controle e segurança e é importante que seja atualizado a cada semestre, para evitar o acúmulo de bicicletas inutilizadas. E em caso de bicicletas de ex-condôminos paradas nas vagas? Tire-as para doação a instituições, caso o ex-condômino, após sua notificação, não dê uma destinação.

Caso vá dividir e destinar as vagas, priorize aqueles que utilizam a bike como meio de transporte ou com uma frequência maior do que os que a utilizam apenas para lazer ou esporadicamente.

A manutenção do espaço também deve ser feita periodicamente, com verificação dos suportes, pinturas, troca de lâmpadas, limpeza, entre outros. Dependendo da estrutura do condomínio, é viável colocar um espaço para reparos e manutenção das bicicletas próximo ao bicicletário, com a contratação de profissionais à parte.

Valorização do condomínio

Além de útil, um bicicletário traz outras vantagens ao condomínio, como a otimização dos espaços livres e a organização dos imóveis, tópicos que valorizam o condomínio como um todo.

Sem falar, é claro, no incentivo à prática de exercícios e de um estilo de vida mais saudável e menos sedentário, beneficiando o corpo e a mente, além de ser atrativo para aqueles que adotaram a bike como meio de transporte em meio à pandemia.

 

25/02/2022 | Categorias: Uncategorized

Compartilhe:

Quer mais artigos?

Estamos prontos para trabalhar com você.

Solicite uma avaliação de seu condomínio e saiba como a Administradora de Condomínios Mineira pode te ajudar.

Solicite uma proposta